Esta série produzida pela TVE dá continuação à série Isabel. Decorrendo após a morte de Fernando de Aragão, em 20 episódios, segue a vida do neto do rei católico desde a sua adolescência, quando regressa da Flandres, onde foi criado, a Espanha, para assumir o trono. A série é pontuada inicialmente pelos nobres estrangeiros da corte flamenga (onde vivia o pai de Carlos, o falecido Filipe o Belo) e a sua influência sob o jovem herdeiro, em choque pelo trono com os partidários castelhanos do seu irmão mais jovem Fernando, que havia, ao invés de Carlos, sido criado em Castela. Tornando-se mais tarde sacro imperador, a série fala das intrigas com o seu arquirival francês Francisco e os conflitos de Carlos com a Santa Sé com vista ao reconhecimento do seu título imperial.
Portugal também aparece por diversas vezes no argumento, nomeadamente os nossos reis Manuel e João III, visto que ambos casam com irmãs de Carlos, Leonor e Catarina, respectivamente. Por outro lado, Carlos desposa a infanta Isabel, tida como uma das mulheres mais belas do seu tempo. Dessa relação nasce o futuro rei Filipe II, que mais tarde irá sentar-se no trono português.
Com inúmeros personagens históricos, e retratando diferentes cortes, desde a castelhana, passando pela portuguesa, francesa, inglesa e flamenga, a série tenta manter a factualidade histórica, sendo que no entanto o desfilar de tantos personagens históricos faça confusão porque não são introduzidos propriamente perante a audiência. O papel dos conquistadores como Hernán Cortez têm um destaque prepoderante na série, mas Fernão de Magalhães é completamente esquecido e isto é uma lacuna, porque afinal foi este último que permitiu que Carlos se tornasse o primeiro monarca europeu de um “império onde o sol nunca se punha”.
Source: Carlos, Rey Emperador – Trakt.tv